Resolvi trazer este texto anti-feminista, porque causou-me certa perplexidade à minha memória púbere seu conteúdo vindo das mãos da Maria Paula.
Maria Paula Fidalgo, filha de Brasília, divorciada do músico João Sulicy com quem teve dois filhos, lançou recentemente o seu livro "Liberdade crônica". Ela não precisa nem de apresentação, porque, durante quase duas décadas, a musa da piada (como é chamada) invadiu as casas de todo o Brasil com sua malícia, sua caricatura de"loira burra", com suas piadas recheadas de atrevimento e pornografia. Ela era a "oitava Casseta" do programa televisivo Casseta e Planeta.
Mas qual o nosso estranhamento? Nestes tempos em que lemos tantos textos de mulheres cristãs feministas e independentes, eis que me deparo com mais uma"pedra" clamando uma verdade que muitas mulheres (sem falarnos homens) dentro da igreja torcem o nariz (pricipalmente na nossa cultura homo-onipresente e andrógina): o papel exclusivo do homem no plano da família!
Queremos deixar este texto como reflexão de que, por mais quevenhamos a produzir "discursos", a prática, a vida como ela é, se impõe e, no fundo no fundo, toda mulher AINDA sabe o que espera de um homem e sabe também o que é um homem de verdade: um Homem com H maiúsculo.
Cabe dizer que determinadas descobertas só acontecem devido à maturidade moldada pelas experiências da vida como ela é e essas experiências se encarregam de desmistificar os mitos juvenis da nossa modernidade (pelo menos é o que acontece com alguns). Ou, quem sabe, o texto abaixo foi apenas um ato falho de um mundo que se cansa de suas próprias bandeiras? Leiam e tirem suas próprias conclusões.
Enfim, um texto de mulher para mulheres, mas, também, uma mensagem poderosa a todos os homens que ainda não cresceram ou estão tateando no escuro e errando o alvo na hora de exercer sua masculidade plena: assumir a responsabilidade que lhe cabe diante da família, que lhe foi dada por Deus.
O grifo no texto abaixo é nosso.
Boa leitura.
Casal 20.
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A conquista da masculinidade
Quando um bebê vem ao mundo, recebe seu primeiro batismo de fogo no estreitamento extremo provocado por sua passagem pelo canal vaginal. Ele precisa deixar o ninho seguro e quentinho do útero da mamãe para vir à luz da vida na Terra. É um momento delicado, perigoso, crítico, cuja fragilidade se revela na mesma proporção que a forçada natureza. Ao enfrentar esse desafio precoce, ele é iniciado na exigência de coragem que irá acompanhá-lo vida afora, imprimindo graus de dificuldade cada vez maiores a que ele será exposto até se tornar um homem maduro, no sentido mais amplo do termo. A morte, com sua dura irreversibilidade, será a última chance a ele: a de encarar de frente o abismo do desconhecido.
Durante a infância e a adolescência, inúmeras pequenas preparações se dão até que o grande momento lhe seja apresentado. Aprende-se a caminhar com suas próprias pernas, o seio cujo alimento lhe é oferecido com abundância na temperatura ideal e em embalagem perfeita, limpa esegura, deixa de estar à sua disposição e os dentinhos começam arasgar a gengiva, satisfazendo a necessidade de triturar alimentos mais substanciais. Logo logo, esses dentinhos começam a cair para dar lugar aos definitivos. Com a puberdade, chegam as alterações de humor provocadas pelos hormônios. Os pelos crescem, a voz vai engrossando e os interesses se voltam para a descoberta do sexo e seus atrativos, cujo apelo só será ultrapassado mais tarde, quando questões filosóficas maiores fizerem com que o jovem se dedique a conquistas profissionais, as que lhe trarão maior independência erespeito perante os seus.
Cada um desses ritos de passagem tem seu significado profundo e serve de base para que o grande momento seja alcançado com sucesso. O momento em que se dará a sublime descoberta do verdadeiro sentido da masculinidade plena: tornar-se o provedor de um núcleo familiar. Chamar para si a responsabilidade de construir uma estrutura forte o suficiente para sustentar o crescimento físico, intelectual, emocional e espiritual dos filhos gerados pelo seu próprio sêmen. Proporcionar não só sua continuidade genética, mas aprimorar as qualidades subjetivas de sua linhagem.
O homem que consegue dar esse passo fundamental toma em suas mãos as rédeas do destino da humanidade e traça um caminho evolutivo consistente para todos os outros.
Esse é o verdadeiro e sofisticado macho alfa, que faz nossa aventura nesse planeta valer a pena, independentemente da sua conta bancária, do nível de poder alcançado ou do seu conhecimento profissional. Osujeito que protagoniza a cena ao ser contemplado com a consciência do valor da paternidade conquista o direito de habitar o topo da pirâmide e será eternamente reverenciado por isso.
Publicado originalmente na seção Crônica da Revista, na Revista do jornal Correio Braziliense, domingo, 9 de outubro de 2011, ano 7, número334.
Por Maria Paula
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